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Hello,

La La Land roubou a cena e se tornou o filme mais comentado nessa começo de ano, mas porque um musical com tantas referências consegue dividir tanto as opiniões do público entre adoradores que consideram o filme uma obra de arte moderna e quem critica o filme pelo seu roteiro repetitivo de “clichês” e referências de vários clássicos. O filme que se passa em tempos atuais tem um visual que muitas vezes confunde o público por parecer os anos 80.

A introdução  já é um espetáculo por si só (cuidado com os SPOILERS A FRENTE!). O número musical de abertura já é tudo aquilo que o cinema promete, com uma cena grandiosa, justamente em um filme que enaltece o cinema já somos levados para Hollywood, num caótico engarrafamento, aos sons de buzinas que é interrompido por uma melodia e coreografia que envolve várias pessoas dançando numa sincronia impecável que agrada os olhos dos mais sensíveis e os detalhes aos olhos dos mais críticos que percebem as cores primarias nos figurinos de todo o elenco, cores que mudam em decorrer da trama e das estações.

Essa sequência de abertura foi filmada numa plano só, foi ensaiada e coreografada com as imagens que o diretor Damien Chazelle fez com seu iPhone e a trilha sonora que é uma aula de ritmos e letras cheias de inspiração que instigam os artistas a refletir sobre decisões, carreira e vida pessoal.

A trilha sonora escrita por Justin Hurwitz, que está concorrendo ao Oscar e também suas canções originais, City of StarsAudition (The Fools Who Dream), são um hino para todo artista que se sente devorado por inspiração e frustrações.

Depois de toda esse numero de abertura do filme, nos somos apresentados a Mia e Sebastian, que se conhecem num clichê da vida real, e vão se encontrando em diversas situações até se aceitarem como um casal e construir uma relação, mas a sutileza do filme não está no amor dos dois e sim das escolhes que eles fazem para manter essa relação de amor e as suas verdadeiras paixões pela música e o cinema.

Diferente de musicais clássicos como Os Miseráveis, West Side Story e Fantasma da Opera, La La Land não tem seu roteiro atrelado apenas as suas canções, mas usa suas músicas como um elemento discreto do filme para preencher as lacunas das atuações e de toda a direção de arte do filme que soube usar a cidade de forma ousada, além de movimentos de câmera dinâmicos que abrilhantavam as locações e os figurinos em sequências que pareciam um espetáculo a parte.

David Wasco responsável pelo design de produção filme, escolheu locações que muitas vezes fugiram do obvio em Los Angeles.

“Damien inspirou nas pinturas de Ed Ruscha, pinturas que mostram as luzes da cidade se apagando ao longe.” disse Wasco.

A história de Damien Chazelle como cineasta por si só daria um enredo para um filme de superação. O diretor iniciou sua carreira em 2009 dirigindo e produzindo um drama musical que escreveu chamado Guy and Madeline on a Park Bench. Seu primeiro filme também utiliza jazz para construir sua trama e tem varias semelhanças com o enredo de La la Land, inclusive, o romance era entre uma dançarina e um músico (em La la Land Mia é Atriz e Sebastian é um pianista aficionado por Jazz).

Damien Chazelle também já escreveu alguns roteiros de outras produções como O Último Exorcismo – Parte 2 e Rua Cloverfield, 10 mas foi o aclamado curta original Whiplash que fez Damien convencer o estúdio a produzir seu filmes e transformar esse curta em um longa metragem, lançando seu nome por Hollywood.

La La Land demorou 6 anos para se tornar realidade, era apenas um roteiro que nenhum estúdio acreditava que daria certo e agora se tornou um sucesso de critica e público, além de se igualar com Titanic, com seu número de indicações, 14 no total, e ser o grande favorito ao Oscar.

O filme é uma aula de simplicidade e exagero ao contar suas histórias com enredos cativantes entrelaçados as imagens deslumbrantes que só o cinema consegue trazer e fazendo a expressão “magia do cinema” ser envolvida num contexto moderno e clássico com sequências belíssimas de atuação, música e direção de arte, uma tríade que com certeza faz todo artista se apaixonar.

O filme ainda tem um desfecho muito inteligente, num plot twist que envolve escolhas mostrando que nossa vida muda a cada decisão tomada. Um filme brilhante que merece ser apreciado de coração aberto.

La La Land – Cantando Estações
★★★★★

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