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Anna

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Montagem com formas geométricas coloridas em um fundo preto

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Bleez

Bleez
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Montagem com formas geométricas coloridas em um fundo preto

Libras

Várias mãos ilustradas mostrando letras em Libras

Hello,

Esse foi mais um ano em que não estive no SXSW, bem não foi ela vez, mas isso não me impediu de tirar ótimas lições das coisas que pude ver de lá (graças as lives do facebook).

O evento a cada ano traz ótimas histórias e pessoas, todos os keynote dessa edição pereciam ter sido criados por algum showrunner da HBO, no primeiro dia tivemos um painel com um dos maiores visionários da atualidade, responsável por três empresas que tem a possibilidade de remodelar nosso futuro e nosso planeta, Elon Musk, falou sobre os desafios da SPACE X depois do lançamento do Falcon Heavy levando um Tesla Roadster para o espaço usando foguetes reutilizáveis, e como isso pode fomentar uma nova era de exploração especial.

Sua empresa de veículos autônomos e elétricos, Tesla, que se tornou um sonho de consumo para vários aficionados por inovação, tecnologia e automóveis. E a mais recente investida de Elon, The Boring Company, que promete modificar a estrutura das cidades com túneis e veículos sobre trilhos magnéticos, transformando viagens mais rápidas. Parecem ideias que saíram de um filme de ficção futurista, mas precisou da coragem desse homem que quis desafiar os clichês das startups e se lançar em universos desacreditados dos investidores, a exploração espacial.

No Q&A mediado por Scott Snyder (Irmão do diretor Zac Snyder) Elon pode falar sobre toda sua trajetória que lhe levou ao lugar aonde está, quando perguntado sobre quem é a inspiração de Musk, ele respondeu “Kanye West, Obviamente!” e completou com Fred Astaire, que lhe inspirou a dançar.

Outro painel que rolou no SXSW, foi com o diretor indicado ao Oscar por Black SwanDarren Aronofsky, ele trouxe para o palco suas experiencias dirigindo filmes independentes e os problemas que aconteceram em Noé por não ter tido o seu corte do filme com a intervenção dos produtores, e as critica que recebeu por Mother!. Aronofsky citou seus 10 mandamentos do cineasta independente:

  1.  Faça o filme que só você pode fazer. Entenda o que é único sobre a sua voz e o seu olhar. “Eu estou em cada um dos meus filmes, e tento colocar em cada personagem o que tenho a dizer”.
  2. Persistência é 90% do jogo (“ou 70%, mas senti que 90% soava melhor”). “Quanto mais pessoas te dizem não, mais você deve saber que está fazendo a coisa certa”.
  3. Trabalhe como uma família. “Quando você está entre iguais, não existe espaço para dinâmicas de poder estranhas”. Ele disse que tenta instigar as pessoas a fazer algo que nunca foi feito, e que isso só pode ser feito em condicões de confiança e abertura.
  4. Faça sua lição de casa, para poder estar com a cabeça aberta no set. E abra espaço para a procrastinação (porque ela é parte do processo). Se você bater num bloqueio, vá dar uma volta, cozinhar, visitar um museu. Seu cérebro ainda estará trabalhando.
  5. Se adapte à realidade. Transforme suas limitações em vantagens. Darren citou alguns exemplos, mas frisou bem o momento em que seu filme O Lutador teve o orçamento reduzido semanas antes de iniciar as gravações, e lembrou de uma cena onde Mickey Rourke está trabalhando no frigorifico e tem que atender uma senhorinha comprando carne, aquela senhora não era uma atriz e provavelmente pagou por aquela carne.
  6. 06. Sobre o trabalho com atores, o diretor disse que seu filho de 11 anos em uma conversa sintetizou o trabalho de um ator que ele levou 15 anos para entender (“atuar é só dizer coisas para parecer real certo?”). “Não tenha medo das estrelas do seu projeto. Crie um espaço onde elas se sintam seguras para arriscar e experimentar. Honre a confiança delas em você”.
  7. Onde está meu público? ,/span> “Nós não fazemos filmes para nós mesmos, fazemos filmes para audiências em massa.” Você precisa está convencido que as pessoas vão entender tudo aquilo, é importante exercitar um olhar “fresco” na sala de edição.
  8. “Se comprometa com a visão.” Adaptações são importantes, mas faça com que sua visão se mantenha até o final do projeto. É fácil se perder com a pressão. “Todo filme que fiz até esse ponto, é meu filme e todo último corte eu mesmo decidi faze-lo, mesmo que não seja o mais orgulhoso, mas nunca perdi um filme.”
  9. “Deixe sua criança ir embora.Você não termina um filme, você abandona ele.”
  10. “Give a Shit(Se importe), Arte é sobre disrupção, você não tem desculpas para fazer um filme vazio.” Arte é sobre mudar as coisas. Sejam artistas.

Outro keynote que rolou por Austin, foi do diretor de Star Wars The Last Jedi, Rian Johnson que levou seu documentário mostrando os bastidores do último filme dia maior franquia de todos os tempos, durante a conversa Rian acabou chamando um convidado mais que especial, Mark Hamill estava lá para falar como foi voltar a interpretar seu maior personagem, Luke Skywalker.

Os dois falaram das criticas que sofreram dos fans da saga que não concordaram com as ideias que Johnson pôs no filme. Mark também falou que quando eles filmaram o primeiro filme em 1977 não tinham tantos detalhes em explicações para todas as coisas no universo de Star Wars, ele mesmo não sabia o nome de todos os droides que apareciam no background das cenas, ele disse que essas coisas foram criadas pelo “pessoal do copyright” para vender bonecos.

Star Wars é um ícone do cinema, mas Hamill falou da dificuldade de agradar o público, “Last Jedi foi muito audacioso,… nós temos que fazer o oposto, nós temos que fazer algo que eles não estejam esperando”. Carrie Fisher faleceu logo após as gravações do filme e esse assunto foi bastante comovente para Hamill, que disse ser a única pessoa que a fazia sorrir, e comentou sobre a cena do reencontro de Leia e Luke, Rian completou dizendo que a equipe que era sempre barulhenta e animada, mas naquele dia estavam tão concentrados e silenciosos que parecia uma igreja.

Mas com certeza a painel mais emocionante tenha sido o do diretor de Moonlight, Barry Jenkins, que finalmente pode fazer seu discurso do Oscar depois de ganhar o prêmio ano passado logo após o incidente com o envelope. De uma maneira muito humilde ele pode agradecer e dizer que para você conseguir as coisas você precisa fazer-las.

“Tarell (Story) and I are Chiron. We are that boy. And when you watch Moonlight, you don’t assume a boy who grew up how and where we did would grow up and make a piece of art that wins an Academy Award — certainly don’t think he would grow up to win Best Picture. I’ve said that a lot and what I’ve had to admit is that I placed those limitations on myself. I denied myself that dream — not you, not anyone else — me. And so, to anyone watching this who sees themselves in us, let this be a symbol, a reflection that leads you to love yourself. Because doing so may be the difference between dreaming at all and somehow, through the Academy’s grace, realizing dreams you never allowed yourself to have.”

Ele também citou o fato das pessoas citarem seu trabalho como alguém que se tornou sensação do dia para a noite, “levei 10 anos”, Ele falou que cresceu em um conjunto de casas em um bairro pobre e sua mãe era viciada em drogas, e ele conseguiu se formar na escola publica e pelo seu esforço entrou na faculdade e começou seu curso de cinema, desde criança via filmes como Duro de Matar (Die Hard) e queria criar aquelas coisas, quando se aplicou para o curso de roteiro ele não sabia nada e era um dos únicos negros da sala.

Uma coisa fez ele atingir seus objetivos foi o foco. Durante o curso ele se sentiu atrasado com o conteúdo do curso, pediu um ano sabático para o reitor do seu curso dizendo não ter as habilidades para aquele curso, e durante esse ano leu e viu tudo o que pode sobre cinema para expandir seu conhecimento, e quando voltou para o curso estava preparado, por está um ano atrasado conheceu James Laxton, o fotografo de seus filmes Moonlight e o seu curta Medicine for Melancholy, que foi exibido no SXSW em 2008, e desde que apresentar ao público seu primeiro curta até ser um ganhador de um Oscar foram dez anos, isso tudo de um garoto-pobre-negro-filho-de-mãe-viciada morador de um project da Flórida que consegui todas essas coisas pelo seu trabalho. “Você tem que continuar a fazer seu trabalho, e quando seu trabalho melhorar e suas habilidades melhorem, você ira encontrar seu lugar.” 

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